por Marcos Roberto Pinotti, diretor de engajamento da Kron Digital
Atualmente, qualquer alteração no mercado, em qualquer lugar do mundo, pode provocar mudanças que vão afetar a loja de conveniência da sua esquina. Tal qual o Efeito Borboleta, parte da teoria do caos onde o bater de asas pode provocar uma tempestade em outro local, há dois anos tivemos o exemplo de um fenômeno que começou pequeno e tomou conta do mundo: a corrida desenfreada por um produto tão banal como o papel higiênico. Começando pela Europa, com a chegada da pandemia, a febre logo chegou ao Brasil e as empresas que dispunham desses dados, em tempo hábil, saíram na frente e ampliaram a sua produção.
Por isso, líderes de negócio precisam de inovadoras plataformas e ferramentas que realmente transformem os dados na base de uma nova economia, com processos de analytics que gerem insights acionáveis em tempo real que liberem fluxos de receitas e vantagens competitivas. Mas qual será a resposta para mais esse desafio?
Inteligência Ativa é o tempo real do negócio
O conceito de Inteligência Ativa é um novo modelo que gera não apenas insights em tempo real, mas também que é capaz de tomar decisões e disparar ações, referentes a todos os aspectos do negócio, a partir de uma plataforma de analytics. Ela oferece um estado de inteligência contínua baseada em informações atualizadas em tempo real, de modo a que o líder de negócio possa tomar ações imediatas, ao primeiro bater de asas.
Hoje, as organizações precisam ter a capacidade de lidar de forma mais dinâmica com os dados, refletindo o momento atual, conforme o mercado vai interagindo com mudanças sociopolíticas e econômicas.
O BI tradicional e passivo depende de conjuntos de dados históricos pré-configurados e processados e não foi projetado para dar suporte à tomada de decisões e ações em tempo real.
Já a Inteligência Ativa estabelece um pipeline de dados de análise inteligente que permite a reflexão de conteúdo e lógica dinâmicos, entregando insights acionáveis, com tecnologia a processos alinhados ao negócio.
Esses processos podem ser alterados imediatamente para se ajustarem a novas realidades. O impacto de uma commodity cujo preço disparou, um caminhão que atrasou ou um comentário favorável feito nas redes sociais pela Anitta podem resultar em grandes prejuízos ou em produtos esgotados nas prateleiras. Vai ganhar quem agir mais rápido. Analistas da McKinsey indicam que organizações ágeis superam suas concorrentes quando o escopo do planejamento envolve inovação, crescimento e desempenho de métricas.
A inteligência contínua significa que os sistemas utilizam análises em tempo real, que são incorporadas diretamente às operações de negócios, o que, por sua vez, fornece acesso contínuo às informações mais atualizadas e precisas, exatamente quando e onde os líderes precisam ter dados confiáveis para agirem com rapidez e assertividade.
Do modelo passivo para o ativo
O objetivo das inovadoras plataformas com Inteligência Ativa embarcada é conduzir a mudança de BI passivo para BI ativo, orientado à ação e baseado em uma combinação de dados em tempo real e dados em repouso. A meta é gerar valor de ponta a ponta, rapidamente, aproveitando uma plataforma de Inteligência Ativa, combinando perfeitamente a integração de dados com maior automação e recursos de Inteligência Artificial, para transformar dados em análises ativas.
A plataforma de Inteligência Ativa alinha o que está acontecendo nos negócios em determinado momento com as informações e insights disponíveis, impulsionando a inovação, acelerando o valor e a vantagem competitiva.
O objetivo agora é que os líderes de negócio possam reinventar a estratégia, processos e produtos momento a momento, prontos para um mundo digital, identificando e respondendo imediatamente a tendências, conexões e mudanças, sem medo do Efeito Borboleta.